terça-feira, 10 de julho de 2012

Pronto(s) para a cirurgia de rebaixamento?

Conforme o tempo foi passando, fomos ficando confiantes com relação aos cuidados com o João. Não que eu adorasse a troca das plaquinhas ou mesmo a preocupação da bolsinha sair ou vazar. Continuava preocupada com essas coisas, mas elas não nos impediam mais de fazer nada. Podíamos sair, passear, curtir nosso bebê pois seja lá o que acontecesse, já sabíamos o que tinha que ser feito e como.

Quando o João estava com 3 meses, comecei a fazer as lavagens. Comecei utilizando 5 ml de soro fisiológico e fui aumentando até chegar a 30ml. Ele não parecia sentir desconforto e por isso, apesar de não ser a coisa que eu mais gostava de fazer, eu não tinha medo ou aflição, apenas fazia parte dos cuidados do dia dia.Também começamos a passar Dersani, para preparar o bumbum dele para depois da cirurgia.

Quando ele estava com uns 4 meses fomos passar com o cirurgião e ele nos disse que queria marcar a cirurgia para o começo de novembro, quando o João já tivesse próximo dos 6 meses. Ele nos explicou quais procedimentos eram possíveis e nos avisou que ele só saberia qual iria fazer quando abrisse a barriguinha do João pois tudo iria depender de como havia progredido (ou regredido) a aderência do João.
A preferencia era fazer a mesma cirurgia que foi feita no meu marido, mas nada era garantido naquele ponto.
Essa incerteza e a proximidade da cirurgia desencadearam em mim uma sensação de pânico total. Acho que cheguei muito perto de entrar em depressão.
Ficava nervosa por não saber como seria a recuperação, por não saber se ele ia sofrer ou sentir dor, por não saber se o cirurgião conseguiria fazer o mesmo procedimento que fez no meu marido (que era a minha referência do que DAVA CERTO), por um milhão de preocupações que vinham na minha cabeça.
Foi muito difícil e acho que quase perdi o rumo.
Precisei procurar uma terapia para colocar meus pensamentos (e medos no lugar). Para entender que não posso controlar tudo e que tinha que confiar no médico e também na força do meu bebê. Força a qual eu já havia testemunhado duas vezes. Ou melhor, força que eu testemunhava todos os dias ao lado dele.
A terapia me fez muito bem, e me ajudou a estar mais preparada (ou menos despreparada) para os baques que ainda estavam por vir. Com ela eu aprendi que preciso ser forte e estar bem, pois é isso que nossos bebês mais precisam: uma mãe forte que esteja ao seu lado em todos os momentos, fáceis ou difíceis.
A terapia também me fez achar dentro de mim algo que eu não imaginava que existia, a FÉ. Mas vou deixar para falar disso mais tarde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário