quarta-feira, 4 de julho de 2012

A troca da plaquinha

Vou ser muito sincera... com o tempo adquirimos muita prática para fazer a troca da plaquinha, e no final, fazíamos tudo em 10 minutos, mas sempre foi um momento tenso... por mais segura que me sentia, sempre ficava com medo da pele estar assada, com medo dele chorar, dele sentir alguma dor e não saber falar... não era fácil... mas aprendemos a conviver com isso.
Também odiava a preocupação constante da plaquinha descolar... e se ela descolasse à noite e ele ficasse todo sujo de cocô?? e se ela descolasse quando ele estivesse sozinho com os avós ou com a babá, que não saberiam como fazer uma troca de plaquinha??
No começo a plaquinha durava 5 dias (trocávamos sempre antes de qualquer possibilidade dela descolar).
Conforme o João foi crescendo e ficando mais ativo essa durabilidade foi mudando e com 9 - 10 meses já trocávamos a plaquinha com 3 dias. Para saber quais marcas eu testeis e quais produtos eu utilizava para proteger a pele ao redor do estoma, leia Cuidados com a ostomia.
O método que utilizávamos para a troca das plaquinhas era o seguinte:

1) Primeiramente separávamos tudo que seria utilizado (lencinhos umedecidos, gaze, água morna, plaquinha já cortada, bolsinha nova, pasta Adapt e no final também usávamos a pasta de Karaya)
2) Enquanto um distraia o bebê e segurava bracinhos e perninhas (na medida do possível, afinal é um bebê) o outro tirava a plaquinha antiga com o auxílio do lenço umedecido removedor de adesivo.
3) Usávamos o mesmo lencinho umedecido para remover qualquer resto de pasta que ficasse na pele ao redor do estoma.
4) Passávamos então uma gaze seca para retirar o excesso do lenço umedecido que ficava na pele e depois uma gaze com água morna e depois novamente uma gaze seca.
Tudo com muito cuidado para não friccionar muito aquela pele que já é delicada
5) Por algum tempo utilizamos os lenços umedecido protetores de pele antes de colocar a plaquinha, só que quando ele tinha uns 6 meses ele começou a ter uma reação alérgica ao redor do estoma. Passamos a usar o Cavilon, que ajudou por um tempo, mas no final usávamos somente a pasta de Karaya (uma camada de 1,5cm de largura aproximadamente) ao redor do estoma, porém sem grudar no estoma pois ainda tinha a pasta Adapt que colocávamos na plaquinha e ela faria esse papel de selar a plaquinha e a pele ao redor do estoma.
6) Assim que a pele estava limpa e protegida com a Karaya eu então passava  a pasta Adapt ao redor do furo da plaquinha e ajeitava a pasta molhando os dedos na água e passando por cima da pasta (se você tenta ajeitar a pasta sem molhar ela gruda no seu dedo e fica impossível de fazer qualquer coisa com o dedo cheio de pasta)
7) Essa plaquinha com Adapt era então colocada sobre a pele e usávamos um cotonete para exercer uma leve pressão na própria plaquinha para ajudar a colar na pele e nas pastas
8) Com a plaquinha no lugar, colocávamos a bolsinha
9) No dia seguinte, colocava um microporo nos pontos que eu já sabia que eram os primeiros a começarem a descolar. Este microporo garantia a permanência da bolsinha por mais tempo. Eu nunca colocava o microporo no mesmo dia pois achava importante deixar a pele respirar um pouco.

Nossa preferência era fazer a troca depois do banho ou então bem longe da hora do banho. Fazer a troca antes do banho é garantia de que a plaquinha vai soltar antes do tempo.

Na minha opinião 2 coisas são fundamentais na hora da troca da plaquinha: a primeira é ter tudo separado e à mão e a segunda é manter a calma e não esquecer de conversar com o seu bebê, pois ele sabe que algo diferente está acontecendo e vai sentir caso haja qualquer nervosismo.
No nosso caso, nós cantávamos o tempo todo para o João, e tínhamos sempre uma chupeta por perto caso demorasse um pouco mais e ele começasse a ficar agitado.

Um comentário:

  1. Olá,
    Seu blog está me ajudando bastante, meu bb nasceu sem intestino grosso, ele tem uma ileostomia e não está ganhando peso. Gostaria muito poder falar com vc. Meu e-mail: deboralygia@hotmail.com.
    Obrigada

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